domingo, 5 de abril de 2015

travessias aqui e ali

Não sei começar a rabiscar o papel
sem que você seja  a nota inicial do poema
                        xx
O mundo nunca coube em mim,
talvez seja por isso que precisava do teu peito
pra crescer

Um dia você me falou que não existem fronteiras,
apenas lacunas
que a gente costura com nossos medos e limites
Esbocei assim nosso mapa e longe de você,
Tracei uma rota errante para colher suas memórias
Ao longo do caminho

Atravessei e derrubei muros para descobrir
No Velho Mundo
o  Novo que me aguarda
Admiro que precisei de uma coragem
pra não sucumbir àqueles sonhos persistentes
e sem sentido

Você é só uma fronteira, um abismo
Vai ver, nunca foi um caminho

p. A