Não sei começar a rabiscar o papel
sem que você seja a nota inicial do poema
xx
O mundo nunca coube em mim,
talvez seja por isso que precisava do teu peito
pra crescer
Um dia você me falou que não existem fronteiras,
apenas lacunas
que a gente costura com nossos medos e limites
Esbocei assim nosso mapa e longe de você,
Tracei uma rota errante para colher suas memórias
Ao longo do caminho
Atravessei e derrubei muros para descobrir
No Velho Mundo
o Novo que me aguarda
Admiro que precisei de uma coragem
pra não sucumbir àqueles sonhos persistentes
e sem sentido
Você é só uma fronteira, um abismo
Vai ver, nunca foi um caminho
p. A