Fomos vítimas da digitalização das nossas vidas
Te vi a primeira vez por uma tela preta pelo meu celular (aquele aparelho que desejo zunir na baía de guanabara dia sim dia não)
Logo vi seu sorriso - não nego que tenho uma queda por morenos
O flerte à distância me dói porque sou acelerada e estabanada
Meu corpo exige o calor e contato a pele o suor a saliva
Queria poder olhar nos seus olhos e garantir a sua risada
Mas nada disso se compara àquilo que você se revelou ser
Sua intensidade casa com meu caos interno
Eu sempre falo que transbordo - esse poema fantasia é a prova cabal disso
Você transborda também mas você é leve e belo
Pega sua prancha e desliza por toda essa água indomável e retida no seu peito
(às vezes sinto que meu peito é represa)
Te vi pessoalmente
Tentei ser blasé - mas sou de elemento fogo e não escondo entusiasmos
Será que deixei clara a minha intenção?
de te despir
desdobrar o teu corpo
me aventurar nos seus sonhos e ambições
de onde estou você reluz
puro fascínio
Mal posso esperar para te descobrir