Acordar tarde
Mormaço
Sensação térmica: 38 graus
Fazer o almoço
Suor
Teu lado da cama
Preguiça
Teu beijo quente
De quem quer dormir
Mais do que deve
Abraço inesperado
Cochilo durante o filme
Fome
Teu cabelo bagunçado
Boca
Úmida - às vezes, embriagada
Tirar a roupa
Sentir sua pele deslizar
Na ponta dos dedos
Lençol branco
Meu corpo - arrepio
Segurar apertar
Tua mão
Sempre áspera
Falar bobagem
Rir da piada sem graça
Puxar travesseiro
(sonho bom...)
Planejar viagens
Rir novamente
Finalmente
Dormir
Eu poderia me acostumar
Com essa moda de ser
Boba cega
Apaixonada por você
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Justo a mim coube ser eu
Oi
Não te escrevo há algum tempo
É que a vida tem andado bem esquisita
E confesso que tô meio perdida
Aquela minha vontade de sumir, sabe? Voltou
O peso da ansiedade me esmaga
Sou muita pequena pra fardo tão grande
Ela é como uma corrente de ferro batido
Que me faz ser devagar
Como você vê, criamos inimizades
Era de se esperar, afinal
Acontece que se eu olho muito pro céu
Ou penso coisas bonitos,
Esqueço dela
A corrente vira pluma
E fica menos dolorido ser quem sou
Só que cansa
Diariamente
Tento me reconstruir
E levantá-la sozinha
Se eu pego trânsito
Se eu me atraso
Se eu tenho um pesadelo
Ela triplica de tamanho
E me cerca com sua aparência áspera e suja
Me sufoca
e até o ar que sai de mim
o suor da minha carne
dói
A corrente
- forte do jeito que é -
Se estende
E alcança meu futuro
Se fechando
E me prendendo
Curioso é que meu cárcere privado
Sou eu mesma
Minha rotina se resume a buscar
Romper esse ciclo autodestrutiva
O exercício é
contar até dez
me amar
me querer bem
olhar no espelho
e não ver um rosto tão triste
nem olhos vazios cansados exaustos quebrados
Não vou mentir, a medicação ajuda,
porém como tudo ultimamente,
tem doído também
Lembrar todo dia
"Vai passar"
Hoje já não sei se passa mesmo
Porque a corrente ainda está aqui
Com os meus medos
Permeada de terrores
E noites mal dormidas
Nada a apaga
Nada a destrói
Penso até em decorá-la com flores
Margaridas
Minhas favoritas, sabe?
Lembra da vontade de fugir...
Então
É que justo a mim coube ser eu
Não te escrevo há algum tempo
É que a vida tem andado bem esquisita
E confesso que tô meio perdida
Aquela minha vontade de sumir, sabe? Voltou
O peso da ansiedade me esmaga
Sou muita pequena pra fardo tão grande
Ela é como uma corrente de ferro batido
Que me faz ser devagar
Como você vê, criamos inimizades
Era de se esperar, afinal
Acontece que se eu olho muito pro céu
Ou penso coisas bonitos,
Esqueço dela
A corrente vira pluma
E fica menos dolorido ser quem sou
Só que cansa
Diariamente
Tento me reconstruir
E levantá-la sozinha
Se eu pego trânsito
Se eu me atraso
Se eu tenho um pesadelo
Ela triplica de tamanho
E me cerca com sua aparência áspera e suja
Me sufoca
e até o ar que sai de mim
o suor da minha carne
dói
A corrente
- forte do jeito que é -
Se estende
E alcança meu futuro
Se fechando
E me prendendo
Curioso é que meu cárcere privado
Sou eu mesma
Minha rotina se resume a buscar
Romper esse ciclo autodestrutiva
O exercício é
contar até dez
me amar
me querer bem
olhar no espelho
e não ver um rosto tão triste
nem olhos vazios cansados exaustos quebrados
Não vou mentir, a medicação ajuda,
porém como tudo ultimamente,
tem doído também
Lembrar todo dia
"Vai passar"
Hoje já não sei se passa mesmo
Porque a corrente ainda está aqui
Com os meus medos
Permeada de terrores
E noites mal dormidas
Nada a apaga
Nada a destrói
Penso até em decorá-la com flores
Margaridas
Minhas favoritas, sabe?
Lembra da vontade de fugir...
Então
É que justo a mim coube ser eu
Assinar:
Postagens (Atom)